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NO TERREIRO TUDO É SAGRADO.   DEIXE SEU COMENTARIO!
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  Orixá Oxum/Ọ̀ṣun. Ọ̀ṣun é uma divindade muito popular no Brasil, mas pintada em padrões infantis, sexistas e pouco coerentes. Quando na verdade ela não é frágil, não é infantil, e não é a Barbie nem a Rapunzel. Ela é uma mulher da sociedade, que organiza a vida e protege aqueles que estão com ela, protege com espada e facão, não com espelho e pente, mas com a agressividade de uma mãe cautelosa. Ọ̀ṣun é uma divindade das águas, do bronze, das riquezas, das fertilidades, das crianças, da família e da vida como um todo, afinal Ọ̀ṣun é mãe. Ọ̀ṣun carrega as crianças no colo, nas costas, pelas mãos, se cobre de bronze e carrega espadas, ela é a força da água, que mata a sede como pode matar afogado, que supera os obstáculos e que derruba as barreiras, Ọ̀ṣun é dona de águas que podem carregar qualquer coisa e, levar tudo embora, com força, com violência, a água é perigosa, ninguém pode ficar sem água, não se pode brigar com ela, ninguém pode ser inimigo da água. Ọ̀ṣun é uma divindade Yorù
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  “NIPA MÓWÀ’KAN” – MITO DO PRIMEIRO ONÍYÀWÓ. Contam os nagôs igbominas (ìgbómìnàs) em solo brasileiro, que após o fechamento do portal, que separava o planeta Terra (àiyé) do infinito (Sánmà) “Oxênibuomi” (Ose n’ibú omi – Ọ̀ṣun nas profundezas das águas dos rios) recebeu de Olodumarê (Olódùmarè) a incumbência de escolher entre os seres humanos, o mais forte, o mais virtuoso e inteligente dos homens, ser este, que deveria ser investido na função de sacerdote (aborè). Destacou-se entre eles o belo e intrépido jovem que atendia pelo nome de Nipamóuacam (Nipa mówà’kan – Aquele que é capaz de compreender e vascular os corações). Tão logo fora feita a escolha, Oxum (Ọ̀ṣun) providenciou para que o escolhido adquiriu-se todos os conhecimentos necessários a pratica da liturgia e suas ritualísticas. Alguns anos depois, Oxum foi comunicada que o Irunmólé Icú (Ìrúnmólè Ìkú) viria buscar Nipamóuacam apesar dele ainda ser jovem. Desesperada Oxum recorre a Orunmilá (Òrunmìlà) na tentativa de afastar
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  BATER CABEÇA Antes da abertura dos trabalhos religiosos, os médiuns devem bater cabeça para os Orixás perante o Congá. Para isso, o médium deve posicionar-se de bruços e deitado em frente ao Congá, com as mãos no mesmo nível que a cabeça. Nesse momento, o ato de bater cabeça representa um ato de humildade, obediência e resignação aos preceitos religiosos da Umbanda. Deve-se, em uma rápida prece mental, pedir a licença para trabalhar "neste chão" e pedir auxílio a Deus, aos Orixás e aos Guias espirituais, para um melhor desempenho de nossas funções mediúnicas, recebendo o axé dos Orixás donos deste Templo Sagrado. Há outras circunstâncias em que se realiza o ato de bater cabeça. No momento de incorporação de um guia, um médium deve bater cabeça para a entidade, saudando-o e pedindo sua bênção. Há momentos em que se bate cabeça para o Babalorixá do Terreiro em sinal de respeito (vale observar que o respeito ao seu "Pai ou Mãe de Santo" é fundamental e definitivo no
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  ORIGEM DA SAUDAÇÃO A ỌBÀTÁLÁ Contam os nagôs igbominas (ìgbómìnàs) em solo brasileiro, que em tempos passados, Ọbàtálá soberano dos igbominas e ifons, caiu em descrédito ante o seu povo e em desagravo perante o criador Olódùmarè. Segundo os nagôs igbominas, a desventura do soberano em questão foi motivada pelo fato do mesmo ter-se tornado um ébrio. Contam que a fama e o prestígio de Ọbàtálá eram invejáveis. Seu reino, um dos maiores e mais pródigos, era constantemente visitado por outros soberanos que lá iam aprender a administrar seus reinos, uma vez que no reino dele não havia miséria. O povo era imensamente feliz. Ọbàtálá, uma vez a cada quatro dias, concedia em seu palácio audiência ao seu povo. Os primeiros a serem ouvidos eram os menos privilegiados. Deles ouvia queixas, atendia pedidos, fornecia alimentos, sementes e tudo mais necessário para que pudessem sair daquele quadro crítico. Antes do pôr-do-sol, fazia julgamentos, caso fossem necessários, decretava